segunda-feira, 17 de junho de 2024

23 de 100 dias



23. Muitas pessoas sofrem o mesmo tipo de dor. Algumas dores não têm cura. São dores universais e já que os médicos não vão resolver as causas delas, vão só ensinar as pessoas a lidarem com elas, às vezes, é sofrer e seguir adiante. 

Conversando com minha mãe, ouvi a essência dessa descrição da dor da ingratidão, da falta de reconhecimento e de como essa dor não tem cura quando a causa dela ainda existe. 

De certa forma, a conversa com minha mãe me lembrou a conversa com minha companheira professora aposentada. Me lembrou meus próprios sentimentos ao acordar e perceber que estava sonhando com o mundo do trabalho de uma vida inteira ao qual não pertenço mais.

Dores pessoais que são dores universais. A dor que não tem cura. As causas externas das dores das pessoas que sofrem porque se sentem esquecidas e apagadas das histórias das vidas de outras pessoas físicas e jurídicas não vão deixar de existir, porque simplesmente a vida dessas pessoas seguiu.

Vejo nossas vidas e compreendo melhor o que antes procurava encontrar, as respostas para as perguntas existenciais. O conhecimento também é saber compreender por que as coisas são como são. Compreender não é aceitar. É reconhecer que certas coisas não são passíveis de mudança. 

É isso. Reflexões sobre a vida ao olhar para dentro de mim mesmo e ao conviver com pessoas que fizeram e fazem parte do meu caminho existencial. 

Sigo caminhando. Devemos seguir caminhando. Às vezes, é caminhando que entramos em novas veredas e novos caminhos, sem sequer perceber que as mudanças já começaram. A vida é isso.

William 

 

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